segunda-feira, 16 de março de 2009

Curiosos…


Tem sido curioso verificar, ao longo dos anos, que, embora havendo alguma evolução, as pessoas, na generalidade, continuam muito curiosas quando me vêem a produzir mapas mentais (mind maps) em conferências e seminários, como forma de registar aquilo com que o orador nos vai brindando, e também como forma de rapidamente estruturar as ideias, em especial em matérias que não domino por completo.

Sei que o mesmo acontece com outros nas mesmas circunstâncias.

Há cerca de 5 anos atrás, ao participar num grupo de brainstorming, a nível internacional, chegou a vez de fazermos trabalhos, em pequenos grupos. No meu grupo, ao perguntar quem conhecia o conceito de mind maps, não recebi nenhuma resposta positiva, pelo que me retraí de tomar a iniciativa da sua utilização (o que desde há cerca de 4 anos já não acontece). No entanto, passados uns minutos, reparei que num dos outros grupos estava a ser utilizado um mapa mental para agregar e desenvolver as ideias desse grupo. Então, decidi levar o meu grupo até lá e mostrar-lhes do que estava antes a falar. Ficaram fascinados…

Daí em diante, já nem é preciso dizer, começámos logo a desenvolver o nosso, com o meu suporte como visual facilitator, e foi um sucesso: muito para lá das ideias acanhadas que no início estavam a ser debitadas pelos membros do grupo (éramos 6 no meu grupo), todos começaram a ter a visão do todo e a contribuir com ideias sobre as ideias dos outros e a desenvolver novas ideias em paralelo às já registadas. O débito foi de tal ordem que a única dificuldade que houve foi registar tudo com letra legível no original (como era meu objectivo) e no espaço de uma folha do flipchart.

Naturalmente que os mapas que fazemos, ao registar uma palestra, têm uma qualidade gráfica maior ou menor consoante o orador tem as suas ideias mais ou menos estruturadas. Por exemplo, se o orador começar por nos apresentar uma visão do que vai abordar, através de uma agenda ou qualquer outra forma gráfica, a nossa vida está facilitada e o resultado é muito mais previsível à anteriori.

É também interessante comparar um original, registado durante uma palestra, com o mesmo mapa, após revisão e produção através de uma aplicação informática adequada ao tipo de mapa (como exemplos: o iMindMap para mapas não demasiado grandes, que se queiram visualmente agradáveis e que não requeiram intervenção de um grupo de trabalho, e cujo objectivo final seja a impressão, ou o MindManager, para mapas com um aspecto muito profissional, menos orgânico e mais vocacionado para partilha por um grupo de trabalho que possa vir a colaborar no seu desenvolvimento).

Para concluir – em especial para quem já tem alguma, mas pouco, experiência em mapas mentais – devo esclarecer que fazer mapas em tempo real, durante uma palestra, é talvez o processo mais complexo possível, pois requer a nossa grande atenção ao orador e em simultâneo uma grande capacidade de colocar, sob um formato limpo e arrumado e tão sintético quanto possível, toda a informação num mapa mental, que se vai desenvolvendo ao sabor de uma apresentação que não é nossa e cujo conteúdo, estrutura e duração não estão sob o nosso controlo.

Hoje publico aqui, no início, um mapa feito durante uma apresentação e na próxima oportunidade publicarei o mesmo depois de desenvolvido em iMindMap.

Se tiveres alguma qualquer questão podes enviar para smilemind@clix.pt!